O mundo é um espelho de nós mesmos: Nós percebemos o mundo como entendemos que realmente somos, conscientemente ou não. Estar de mal com o mundo é estar de mal consigo mesmo. Querer "salvar o mundo" é, muitas vezes, um pedido de ajuda.
Sem ação não há salvação: é impossível salvar o mundo sem agir, e por agir que dizer assumir um compromisso que implicará em sacrifício pessoal. Só reclamar sem agir é querer se passar por virtuoso sem sê-lo. Exigir sacrifício dos outros para fazer o certo é hipocrisia na sua forma mais hedionda. Sem renúncia não existe mérito nem se redenção.
Salvar "o mundo" (ou seja, a si mesmo) pressupõe coragem e sabedoria: A força só impõe através da coragem. Mesmo os maiores recursos físicos, intelectuais e financeiros são absolutamente inúteis se não forem colocados em uso, e isso exige ousadia e desprendimento. Sabedoria se resume a ser capaz de entender, por sua vez, o que não pode (ou não vale a pena) ser mudado, e aceitar essa realidade de forma autêntica e íntima, sem amarguras e arrependimentos.
Ser corajoso é difícil. Ser sábio é difícil, Ser os dois ao mesmo tempo é muito difícil. Mas é isso que é preciso para salvar a si (e ao mundo).
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