sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Mantra 3

Haverei de me lembrar das alegrias mesmo quando me deparar com motivos para tristeza;
Haverei de saber discernir as mentiras nos elogios insinceros e falsos, mesmo que agradáveis;
Haverei de ser grato aos amigos corajosos que me desagradarem com sua opinião sincera.

Não me entregarei a tentação de fazer algo errado porque é o jeito mais fácil;
Não me enganarei justificando algum malfeito porque todos sempre o fizeram;
Não me desfarei de minhas culpas só pedindo desculpas sem tentar corrigir minhas transgressões.

Vou reconhecer meus limites, mas me esforçarei de verdade para superá-los;
Vou reconhecer todo amor que recebo, e retribuirei com ainda mais amor;
Vou reconhecer minhas falhas, e serei sempre mais gentil e educado, fazendo o mundo melhor.

Assim serei, e assim será.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O que é viver?

O que é viver?

Viver é todos os dias superar as perdas insuperáveis, solucionar problemas insolúveis, e compreender o incompreensível.

E como conseguir isso?

Um pouquinho de cada vez.

domingo, 23 de outubro de 2016

Alienação Política e suas Contradições

A ignorância política é um mal que cresce de forma assustadora. É perfeitamente compreensível a desilusão com a política num ambiente de onde escândalos, conchavos, negociatas e corrupção são tão presentes que parecem ser inerentes ao próprio sistema. Só que isso não justifica a alienação, e muito menos faz da alienação uma solução para os problemas.
Vivemos um sistema democrático onde as leis são feitas por políticos e as decisões administrativas são tomadas por políticos, queiramos ou não. Defender o contrário, aliás, é ser antidemocrático, o que logo a princípio não parece ser uma coisa boa (porque não é).
Os políticos que são eleitos por nossas ações (ou omissões - caso optemos por não votar ou anular o voto) tomarão, ao final das contas, as decisões que vão afetar nossa vida. Eles recebem da gente essa atribuição, na forma de votos (duplamente, tanto pelos os votos que conseguiu quanto pelos que os adversários deixaram de ter).
No sistema democrático são os votos que fazem a diferença. Não são correntes de mensagens, reuniões incessantes, pesquisas de internet, compartilhamento de posts inflamados, reclamações em paredões de texto desconexos com a realidade, vídeos edificantes, abaixo-assinados ou qualquer coisa do tipo que vão mudar a realidade que vivemos. Só o engajamento político tem esse poder.
E quando digo engajamento político não estou me referindo a filiação partidária, apoio incondicional a qualquer candidato ou coisa do tipo. Digo simplesmente procurar conhecer as ideias de todos os candidatos quanto aos pontos que nos interessam. Dá trabalho. Exige dedicação, paciência e mente aberta. É muito mais difícil que simplesmente virar a cara e falar "nada presta, sou contra tudo e todos" (até sem perceber que está colocando automaticamente tudo e todos contra si).
Não há mais grave sinal de alienação que manifestar com orgulho que "votou nulo" ou "deixou de votar" para em seguida, sendo afetado por alguma política pública, reclamar dos governantes ou conclamar as massas a "tomar alguma atitude" - sendo que essa atitude é justamente a que o voto representa.
"Mas e se eu me dispusesse realmente a fazer valer meu voto, pesquisando a fundo os planos de todos os candidatos e pudesse dizer com certeza que nenhum deles pode me representar satisfatoriamente?" - alguém pode perguntar. Ainda nesse caso restam duas opções: escolher aquele que está mais próximo do seus ideais, mesmo que não seja exista uma coincidência total (esse é o chamado "preço da democracia") ou, você mesmo se candidatar, para submeter seu ponto de vista único, que você considera o melhor, a apreciação dos eleitores - que darão ou não respaldo ao que você objetiva.
A única forma de fazer a diferença é fazendo diferente. Reclamar sem quebrar a apatia não trará resultados. É possível fugir do seu direito de interferir na política, mas não do resultado de ter fugido.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Mantra 2

Não me faltará a visão para perceber minhas próprias falhas do mesmo modo que as vejo nos outros.
Não me faltará honestidade para reconhecer que muitas vezes não sou tão honesto quanto me julgo.
Não me faltará serenidade para combater à fúria velada que não admito me consumir.
Serei uma pessoa melhor.

Não me abrigarei debaixo da inocência pueril, e não me submeterei à malícia irracional.
Não me afundarei num derrotismo abissal, e não flutuarei em meio a vitórias delusionais.
Não me acovardarei diante das dificuldades, e não me assoberbarão minhas conquistas.
Buscarei o equilíbrio.

Aumentarei a cada dia minha capacidade de amar, me dedicar e aprender.
Ouvirei todas opiniões e ideias, mesmo as que me desagradem, e lhes darei a devida consideração.
E espalharei o bem que conseguir produzir em mim, ensinando com exemplo.
Que assim seja.