terça-feira, 14 de abril de 2015

Reconhecimento a Coragem de um Religioso

Criticar a religião é muito fácil - e está na moda.

Mas o que me proponho a fazer nessa postagem é justamente o contrário. Quero elogiar a postura exemplar do Padre Fábio de Melo, que nesse domingo (14/04/2015), demonstrou ao postar em seu twitter um conjunto que formou o seguinte texto:

"Não sou o professor Girafales, mas gostaria de fazer um apontamento. Já falei muito sobre o assunto, mas sempre volta como se fosse novidade.
A união civil entre pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa. Portanto, cabe ao Estado decidir.

O Estado decide através dos que são democraticamente eleitos por nós. São eles que propõem, votam e aprovam as leis.
Aos líderes religiosos reserva-se o direito de estabelecerem suas regras e ensiná-las aos seus fiéis. E isto o Estado também garante.
Se sou cristão católico, devo observar o que prescreve a minha Igreja. Lembrando que o cristianismo é uma Lei inscrita na consciência.
As igrejas não podem, por respeito ao direito de cidadania, privar as pessoas, que não optaram por uma pertença religiosa, de regularizarem suas necessidades civis. Se duas pessoas estabeleceram uma parceria, e querem proteger seus direitos, o Estado precisa dar o suporte legal.
São situações que não nos competem. A questão só nos tocaria se viessem nos pedir o reconhecimento religioso e sacramental da união.
Portanto, vale a regra de Jesus: 'Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!' Mc 12, 17.
Para encerrar. O cristianismo nunca foi vivo e convincente como nos primeiros séculos, período em que vivia apartado do Estado.
"
A visão do padre demonstra um conhecimento profundo da importância da separação da Igreja do Estado, necessária para a sobrevivência de ambos. E isso merece calorosos aplausos.

Se todos os religiosos e não religiosos tivessem esse tipo de discernimento quanto a Laicidade, o mundo seria muito mais equilibrado.

O que promove a desarmonia dos povos quanto a fé é a estranha necessidade que certos grupos tem em intrometer-se nas searas de outrem. Se todos evitassem imiscuir-se na esfera da fé alheia, e não impusessem como os não-fiéis deveriam se portar, a harmonia estaria ao alcance das nações.

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